Tráfico de pessoas em debate no simpósio internacional

Entre os dias 20 e 21 de junho, Campo Grande receberá a 3ª edição do Simpósio Internacional para o Enfretamento ao Tráfico de Pessoas. Entre 2005 e 2011, o tráfico de pessoas fez 475 vítimas no país.

10 JUN 2013 · Leitura: min.
Tráfico de pessoas em debate no simpósio internacional

Entre os dias 20 e 21 de junho, a cidade de Campo Grande será palco da 3ª edição do Simpósio Internacional para o Enfretamento ao Tráfico de Pessoas, direcionado a agentes e autoridades que lidam com o problema em sua rotina laboral. O intuito do evento é dar continuidade aos trabalhos de conscientização de conselheiros tutelares, policiais, magistrados, integrantes dos comitês de enfrentamento ao tráfico de pessoas, além de todos os civis relacionados com redes de repressão ao crime e atendimento a vítimas.

No Brasil, somente entre 2005 e 2011, o tráfico de pessoas fez 475 vítimas. Os dados constam em relatório do Ministério da Justiça, feito em parceria com o Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC). De acordo com Conselho Nacional de Justiça (CNJ), nos últimos sete anos, o número de processos referentes a crimes de tráfico de pessoas e/ou de condição análoga à de escravo chegou a 1.163. Atualmente, 428 processos continuam em tramitação. Os dados foram levantados junto aos Tribunais Regionais Federais (TRF).

De acordo com a coordenação do simpósio, o estado do Mato Grosso foi escolhido para sediar a edição 2013 do evento por ser o terceiro com maior número de vítimas de tráfico de pessoas, perdendo apenas para Bahia e Pernambuco. Parte importante das vítimas pertenceria às comunidades indígenas localizadas nas fronteiras com Bolívia e Paraguai.

Responsável no CNJ pela realização do III Simpósio Internacional para o Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas, o conselheiro Ney Freitas ressalta a importância de um trabalho integrado.

“Entre os muitos desafios, há uma legislação frouxa, que não pune com severidade o aliciador. Há uma vítima que não colabora por medo de represálias, mas que também está em uma situação de tamanha vulnerabilidade social e econômica, que não vê outra saída senão a de permitir tal exploração.”

O simpósio continua com as inscrições abertas e tem um total de 220 vagas. Os interessados em participar podem ver os detalhes da programação no site do CNJ. O formulário de inscrição está disponível nesse link

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